André Luiz do Nascimento Ramos¹

            Há inúmeros enfoques para o tema da educação, pois o assunto vem, cada vez mais, ocupando os espaços midiáticos e oferecendo campo para análise e reflexão a respeito das perspectivas e das mudanças, em especial no setor educacional intraescolar.

            É possível, em primeira instância, lançar os olhos para o passado e perceber-se a escola com forte influência da comunidade religiosa e, ainda, voltada para determinada camada social. Destaca-se, nesse período, um modelo de educação bastante excludente, atendendo aos interesses da aristocracia. Os processos educacionais estavam, assim, centrados numa linha de transmissão de conhecimentos e desenvolvidos em salas de aula bastante homogeneizadas.

            De certo modo, nessa época, a perspectiva educacional fortalecia aspectos de reprodução de saberes, valendo-se de uma avaliação classificatória e de caráter tecnicista.

            Ao correr os olhos por momento mais recente, vê-se uma mudança de paradigma, sobretudo pela força da universalização do ensino, da democratização no atendimento, buscando-se, consequentemente, desenvolver-se a prerrogativa da inclusão. Foi e está sendo preciso rever aspectos de demanda escolar e do próprio papel da escola uma vez que as relações com o conhecimento requerem maior contextualização. O professor passa a atuar como mediador do conhecimento e o aluno explora o saber por meio de processos mais diversificados, incluindo as tecnologias da informação.

            A partir de tal ocorrência, observa-se o desenvolvimento de uma perspectiva educacional sócio-contrutivista e interacionista, sendo trabalhada a avaliação com função diagnóstica.